As experiências sexuais pela primeira vez são sempre carregadas de muita magia, tensão e até medo, além de envolver uma dose de insegurança, ansiedade e falta de experiência. Se tratando de relacionamentos gays, tudo isso pode ser multiplicado por dois.
Além da pressão da perda da “virgindade”, há ainda o fator fundamental de estar se assumindo como gay e mais, não se decidir se vai dar a rosca ou comer a rosca. Se é gay ativo ou passivo? Se finge que quer comer, mas está louco para dar? Ou vai dar e está louco pra comer? O melhor é experimentar as duas posições e resolver, ou não, qual é o seu papel.
Nessa situação, a de ser passivo, pesa muito a vergonha, o preconceito próprio, medo da dor, inexperiência, e o gay que gostaria de dar, acaba jogando na posição de ativo. Seja por vergonha, por preconceito próprio ou pelo medo da dor, muitos gays, psicologicamente passivos, acabam jogando na outra posição. Só que não se satisfazem!
As dicas para a primeira vez são importantes, mas uma ligeira explicação anatômica a respeito do seu parque de diversões também é. O ânus é um orifício com cerca de seis centímetros, fabricado, inicialmente para eliminar fezes e gases. Mas, é usado, com muita frequência, para tomar vara. Apesar de não produzir secreções lubrificantes como a vagina, transforma o ato em algo doloroso, principalmente se os músculos estiverem tensos e apertados. E, por falar em musculatura, o ânus está bem servido, são dois anéis musculares: o esfíncter externo e o interno. Por isso, muito importante o relaxamento, a preparação para a penetração e a lubrificação.
Continuando a aula de anatomia, depois de atravessar os músculos do esfíncter anal, o pênis penetra no reto que tem uma profundidade, aproximadamente, de vinte centímetros, mas não deve ser preocupação se o gato tiver um pintão! O canal do reto é capaz de se expandir e acomodar até um superdotado!
Muitos se perguntam, por que tantos, seja homos ou héteros, adoram sexo anal. Fácil responder e entender, o ânus é cheio de terminações nervosas e sensíveis que podem levar a prazeres extremos e delirantes. E mais, o ponto G masculino existe sim e está localizado bem aí, próximo à parede do reto, que é a próstata. E, só por curiosidade, existem brinquedinhos eróticos com estimuladores de próstata, usados para a penetração anal.
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Muito importante, no entanto, é a preparação para o sexo anal. São as conhecidas preliminares, fundamentais em qualquer tipo de relação. Um banho quente juntos é ideal para um começo de romance, a introdução de lubrificantes sensuais, brinquedos eróticos, a troca de papéis, a situação passiva, se preparando para dar, ou a situação ativa, se preparando para penetrar.
Vários passos podem ser seguidos para “dar” com segurança e sem receio de imprevistos. Um deles é a chuca, que nada mais é do que a lavagem anal, feita para evitar surpresas desagradáveis durante o sexo. Um passo importantíssimo para qualquer passivo que quer garantir uma transa “limpa”. Abordaremos, em outro artigo, com mais detalhes, como fazer a chuca sem problemas.
Outro passo importante é a depilação, apesar de ser controverso, pois há os que gostem da região ao natural, isto é, com pelos, mas segundo pesquisas, esses são minoria. Nada como uma região lisinha, limpinha e cheirosa. Superindicados, os depiladores comprados em farmácia, mais práticos e higiênicos do que a gilete e as ceras quentes. Há o risco de sair de rosca assada!
Outra dica que deixa os parceiros doidos é o beijo anal, seguido de lambidas generosas, famoso beijo grego e muito popular entre os adoradores de anal. Nada melhor para relaxar, excitar e preparar para transas gays.
O joguinho de descobrir onde é que deixa o parceiro doido também é legal para “trabalhar” com as mãos, língua e lábios. O ideal é usar tudo e, aos poucos, transformar as preliminares no segundo melhor momento da festa. É quando os desejos mais profundos vão sendo descobertos, isto se houver honestidade total entre os parceiros.
Desse jogo de descoberta, os dedos devem ser aproveitados para iniciar de vez a penetração anal, para isso o correto é abusar do gel lubrificante. É hora de relaxar e ir alargando o buraco anal. A introdução deve ser lenta e progressiva. Nada de pressa e ir direto ao finalmente.
O momento da piroca entrar em cena vai ser indicada, quando os dois estiverem em ponto de bala, bem relaxados e tranquilos. Não deve ser esquecida a camisinha com bastante lubrificante, melhor amigo na transa.
Muito normal que a tirada do cabaço seja mais dolorida e não tão boa quanto o esperado. Contudo, a tendência é ir melhorando gradativamente, até ser inesquecível e extremamente prazerosa.
Muita gente se pergunta se o sexo anal tem alguma contraindicação? Os especialistas respondem que isso deve valer apenas a pessoas que possuem hemorroidas em estágio de inflamação ou estão com fissuras na região anal. Essas sim devem evitar ter esse tipo de relação sexual.
Muitos recorrem, ainda, a conhecidas pomadas anestésicas, o que não é recomendado, pois quando diminui a sensibilidade causa também uma perda do controle sobre um possível excesso de força durante a penetração, trazendo consequências posteriores de traumas e lesões. Afinal a pomada anestesia a mucosa, mas não relaxa o esfíncter. O segredo do sucesso é lubrificante e carinho!
Outra grande preocupação é a de que sexo anal repetitivo possa contribuir com o famoso “cu solto”, ou seja, o descontrole das fezes. Mas, dentro da normalidade, não acontecem lesões, e muito menos frouxidão do esfíncter que possa levar a se cagar sem sentir. Também não espere sangrar no primeiro anal. Isso não existe. Não é normal! Significa que houve força excessiva e algum vaso foi rompido. Se acontecer e houver persistência no fato procure um proctologista.
Lamber o ânus do parceiro ajuda a preparar para a penetração... Deslize a língua para cima e para baixo, alternando com movimentos circulares! (Foto: Internet)
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