Já ouviu falar no termo "CDzinha"? Ele é popular no pornô gay e diz respeito às pessoas que realizam o crossdresser. A atividade não pode ser confundida com a orientação sexual, é apenas uma vontade de se vestir como mulher, mas sem nenhuma relação com suas preferências.
É relativamente comum que as CDs sejam confundidas, mas não existe ligação entre crossdresser, transexualidade e travestilidade, somente ocorre a má interpretação dos termos.
As CDzinhas são bastante populares entre os praticantes de BDSM e estão sempre nos vídeos de pornô gay. O prazer em se vestir de mulher pode ser direcionado à realização de uma fantasia do parceiro, como ocorre com os submissos que obedecem às ordens do dominador. No entanto, pode ser apenas por diversão.
Eles se sentem bem vestidos como CDzinhas, utilizam todos os apretechos do sexo oposto em prol de um momento de felicidade, mesmo que só aconteça entre quatro paredes. Os homens que realizam o crossdresser costumam usar as vestimentas no ato sexual como uma fantasia, mas parte dos praticantes não mistura sexo, apenas se transforma por um momento de realização pessoal.
Os crossdressers têm na transformação o seu estilo de vida, mas que não afeta outras partes, são como personagens, como explica o psicólogo Marcos Santos.
“É simplesmente a pessoa adepta à prática de se vestir, manifestar e usar adereços do sexo oposto. O indivíduo se sente bem em fazer uso disso”, explica o psicólogo sexual ao Metrópoles.
As regras das CDzinhas são ímpares, cada uma impõe suas vontades e limites, inclusive no momento de se mostrar para outras pessoas. Diversos homens casados com mulheres e pais de família são crossdressers, mas ninguém imagina, em alguns casos somente a esposa sabe da fantasia.
“Acontece geralmente com homens casados com filhos, que se apresentam como hétero. Na maioria dos casos, a esposa sabe”, salienta o profissional.
Existem inúmeros relatos de homens que são CDzinhas desde crianças, sem saber o que era o termo, mas apenas realizando sua liberdade por divertimento. O maior problema é quando os pais confundem o crossdresser com a sexualidade, induzindo a criança a entender ou proibindo o uso das roupas, um erro comum e psicologicamente impactante.