Muitos ouviram falar, mas poucos sabem sobre a realidade do sexo com garotos de programa.
"Trepar é uma delícia, já imaginou ganhar dinheiro pra fazer isso?!".
"Nossa, ser um garoto de programa deve ser horrível e muito nojento!".
Estas são apenas algumas indagações e informações que temos na cabeça, sem nem sabermos se a realidade é mesmo assim. Tudo que conhecemos sobre o sexo com garotos de programa, é derivado de filmes, séries e outras fontes duvidosas, como casos contados em quinta pessoa.
Ser um profissional do sexo ainda é um grande tabu. Não é a mesma coisa dos filmes, tanto os que mostram o lado glamoroso ou aqueles totalmente sórdidos. Obviamente, somente um indivíduo que vive neste meio, pode explicar.
Para sabermos mais sobre o assunto, entrevistamos o dono do canal Nu e Cru, Johnata Jacques, que conta tudo sobre o tema e mostra um outro lado da história. Despojado, bonitão e muito comunicativo... Estas são qualidades fáceis de encontrar no rapaz.
Tudo que ele posta no Youtube, faz, ou fez, parte de sua vida e rotina. São experiências que todos sempre fomos muito curiosos pra saber, mas nunca tivemos coragem de perguntar... Confira:
Qual o maior desafio que um profissional do sexo enfrenta?
Sr. Jacques - Manter-se dentro do padrão de beleza estipulado pela sociedade. Manter-se
lúcido em meio a tanta vaidade, que vem a ser a prostituição!
Qual o maior transtorno que já enfrentou como prostituto?
Sr. Jacques - Em duas ocasiões os clientes chamaram a polícia para mim. Foi muito
constrangedor ser acusado de roubo por uma autoridade pública e, ao final, ver o cliente sair
sem pagar nada e literalmente rindo da minha cara.
Qual foi o pior tipo de cliente que você já atendeu?
Sr. Jacques - Lamentavelmente, existem muitas pessoas más nesse mundo! Essas pessoas
enxergam a nós, garotos de programa, unicamente como um objeto sexual. Ser tratado como tal, é
degradante e muito humilhante!
Uma história engraçada...
Sr. Jacques - Em certa ocasião, um cliente se negou a pagar meu cachê, argumentando com a maior cara de pau, que não pagava para ficar com puta. Eu tranquei o portão e me neguei a
deixá-lo sair. Enquanto isso, o cliente em questão se revelou epiléptico e começou a ter um
ataque bem ali, na minha frente.
Sem saber o que fazer, comecei a jogar água desesperadamente nele, a fim de acalmar o infeliz. Os vizinhos viram e ligaram para a polícia, por “maus tratos”. No final, passei por um enorme constrangimento, não recebi o cachê e só fiquei mais conhecido na vizinhança.
Existe alguma prática sexual que você não faz?
Sr. Jacques - No geral sou bem liberal, mas nunca atendi menores de idade, nunca bebi
esperma, e creio que isso nunca mudará!
Existe um tipo de perfil profissional mais procurado na prostituição masculina?
Sr. Jacques - Tratando-se de prostituição para homem, é essencial que o michê seja másculo.
A maioria dos homens gays idealizam a imagem do cara perfeito, eles preferem um macho,
sarado e dotado.
Esse é o padrão... Quanto mais o michê se aproxima desses adjetivos, maior é seu destaque!
E qual é o tipo de cliente mais comum?
Sr. Jacques - Homens casados... Muitos deles com desejos ocultos e fetiches mirabolantes.
São homens de Deus e homens de bem, que na cama preferem ser chamados de putinha, vadia e coisas do tipo.
Tem algum relato para nos contar?
Sr. Jacques - Eu relato, como michê, que a infidelidade e hipocrisia estão instaladas na mente
das pessoas. Muitos vivem uma realidade social que é completamente oposta ao que o
indivíduo realmente é. E ainda assim, este mesmo indivíduo crítica arduamente e condena
pessoas como eu.
Mas no fim do dia, ele certamente estará em minha cama, seja ele gay ou não. Casais no geral, devem conversar mais entre si, se conhecerem sobre tudo, isto mudaria muitos casamentos e acabaria com o problema da infidelidade.
Nós, garotos de programa, temos acesso ao mais obscuro e secreto conteúdo que alguém pode ter, lidamos com isso de forma artística e merecemos reconhecimento.
Fica claro que, os “meninos da noite”, são como psicólogos... Tudo vai além do sexo com um garoto de programa. Eles atuam com a condição de não julgar atitudes e desejos, mas não recebem o reconhecimento merecido. Os desejos e fetiches são diferentes para cada pessoa, seja para um machão que curte virar uma boneca na cama, ou para o afeminado que domina o companheiro com braveza.
Antes de criticar, é fundamental saber sobre a realidade de cada um e ter muita empatia!
“Pior que julgar os outros, é não perceber que o outro lado pode ser completamente diferente daquilo que você vê!”, autor desconhecido.
Tem vontade de fazer sexo com um garoto de programa? Conhece o canal Nu e Cru? Deixe seu comentário!
Imaginem o quão complicada pode ser a vida de um garoto de programa profissional: elogiados por alguns e discriminados por outros! (Foto: Internet)
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