Gouinage, termo francês, derivado de lesbianismo, que significa sexo sem penetração, aproveita, basicamente, a exploração dos pontos sensíveis do corpo para chegar ao orgasmo. Na prática, é o ato sexual sem a entrada do pênis na rosca, sem a enfiada, sem o tomar ou meter, sem a estocada final, sem a submissão. Seria um gay lésbico! Os dois se tocam até o prazer extremo e o gozo final. Foge ao padrão comportamental de que o sexo só existe se houver penetração, se um dos dois der o biscoito. Enfim, gouinage promove que a penetração não é a única maneira de chegar ao orgasmo.
No Brasil, o tema é recente, mas ninguém vai se espantar muito com essa novidade, pois é prática comum desde sempre. Ela só ganhou outro nome, seguindo uma (dita) nova tendência francesa! “Phiníssima” e renomeada! É uma técnica adotada, onde casais gays encontram outras formas de excitar a si mesmo e ao outro, sem a penetração anal.
Chega a ser, mas sem ser, as famosas e tesudas preliminares, que para os adeptos, são milhares de vezes melhores do que a penetração e mais do que suficientes para se chegar ao orgasmo. Na gouinage são eliminadas as temíveis incompatibilidades, quando o par é formado por dois ativos ou por dois passivos. Na hora H, vocês percebem que os dois curtem ser penetrados! Chato, né?!
Para quem não sabe, existe sexo gay sem pau no brioco! A gouinage estimula e explora mais os sentidos como visão, tato e paladar, pois nosso corpo possui muito mais áreas sensíveis e erógenas do que se imagina! E vamos ser sinceros, tem muito gay que padece com as dores da tomada no biscoito. Só não tem coragem de falar: Ui! Como dói!
No entanto, não tente se encaixar no rótulo de gouine, exclusivamente! Entenda o que significa, use para explorar a sexualidade mais plenamente, mas não deixe de dar a rosca ou se aproveitar de uma, se desejar, com medo de perder o rótulo de gouine. Rótulos só servem para o aprendizado, nunca para dominação! Além do mais, você é, antes de tudo, um ser humano, sente tesão, tem inúmeras oportunidades de dar e receber prazer, seja através de carícias, beijos, lambidas ou enfiadas tradicionais.
O corpo do parceiro pode ser explorado ao extremo, descobrindo quais as áreas mais sensíveis como a orelha, o pescoço, as axilas, os mamilos, a parte interna das coxas, bem diferentes do tradicional ânus e pênis. E, o sexo oral, muito comum entre pares gays, ganha um novo realce e importância. Passa a ser explorado, com mais intensidade e com diferentes formatos de realização, com fetiches e prolongando o oral até o final, isto é, em linguagem claríssima, até a ejaculada na boca do bofe. A maioria adora!
Mas, o orgasmo não é o principal dessa técnica, o foco é o prazer conseguido através do estímulo de outras áreas do corpo, sem ser o pênis. Sexólogos afirmam, no entanto, que é mais difícil chegar ao orgasmo sem a estimulação dos órgãos sexuais. Quem pratica, discorda disso. Demora mais, tem que estar muito focado no que está fazendo e o estímulo adotado tem que envolver os sentidos, de maneira geral, mas garantem que o orgasmo vem de maneira intensa e especial.
Muito utilizado em saunas gays e vestuários, a troca de olhares, o roçar das peles, a exibição dos órgãos sexuais, frases provocativas, gestos sensuais com a boca e a língua levam inúmeras vezes os participantes desse jogo sexual e sensual ao orgasmo, sem penetração alguma.
Esse é um ponto extremamente positivo, a liberdade de expressão e de caminhar por onde quiser, para chegar ao prazer e ao orgasmo. Sexo oral, masturbação a dois, esfregação ou frottage (fricção): espada com espada, espada no brioco ou a famosa espada no meio das coxas, enfim, as possibilidades são imensas, é só ter imaginação e tesão.
Essa diversidade de atuação reduz a ansiedade, a ejaculação precoce, a disfunção erétil e outros problemas ligados a sexo. Quem pratica gouinage proporciona uma total liberdade de escolha, os parceiros sentem-se mais confortáveis e relaxados. Descobrem o próprio corpo e o corpo do parceiro.
Mas, existem posições contrárias, gays mais conservadores afirmam que ser gouine é negar o sexo gay, que pressupõe penetração e pronto! Já do ponto de vista médico, a técnica tem inúmeras vantagens, uma delas é os pares estarem menos predispostos e vulneráveis a contrair doenças sexualmente transmissíveis, se livrarem da obrigação da chuca e das microlesões anais. E você já experimentou gouinage?
Assim como existem gays ativos, passivos e versáteis, a gouinage traz mais uma alternativa para o sexo. E quem faz, garante: É uma delícia! (Foto: Internet)
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