A Parada do Orgulho LGBT+, popularmente conhecida como Parada Gay, já tem data para acontecer. Como sempre, o evento será sediado na Avenida Paulista, um marco da cidade de São Paulo. Com o tema “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo – Vote consciente por direitos da população LGBT+", sua 28ª edição será no dia 02 de junho.
Com a intenção de conscientizar e reunir todos os envolvidos na causa, a parada pretende chamar atenção dos políticos e da população, para que repensem seus votos e leis. É essencial que a comunidade tenha mais representantes na política e que os atuais compreendam as necessidades, para segurança, bem-estar, saúde e respeito.
“Diante desse cenário, torna-se imperativo que o Congresso e as casas legislativas assumam uma postura mais inclusiva, progressista e enfática, garantindo a igualdade e proteção dos direitos de todas as pessoas", explica a assessoria da APOLGBT-SP
A primeira marcha pelos direitos LGBT+ e liberdade sexual ocorreu em 1997, com a união de 2 mil pessoas e já na Avenida Paulista, com baixo orçamento e nomes de vanguarda, como Márcia Pantera, Divina Núbia e Di Polly. O evento foi inspirado na primeira Parada do Orgulho LGBT, realizada em Nova York.
A cada ano o volume de participantes cresce, em média 4 milhões se reúnem anualmente para o movimento.
Não foi nada fácil lutar por espaço, eles foram recepcionados por pessoas contrárias e cheias de ódio, sem ter o apoio da polícia. Os participantes da primeira reunião no Brasil foram corajosos e fundamentais para abrir passagem para os demais, graças a eles, o medo deu lugar ao orgulho.
'Vai ter Parada na Paulista, vai todo mundo montado, vamos lutar pelos nossos direitos’. E eu falei: ‘Arrasou, eu vou!’. Eu lembro que me diverti muito, mas senti muito medo também, porque olhavam para nós e jogavam coisas na nossa direção. A polícia via tudo e não fazia nada, eles não queriam nem nos deixar sair [para completar marcha]", relembra Márcia Pantera em entrevista ao GShow.
Para grande parte das pessoas que não se sentem representadas na comunidade, a reunião não passava de um ato de obscenidade, mas aos poucos elas se conscientizam. Todos os atos feitos na manifestação, as músicas, roupas e apresentações são em prol da liberdade de quem passa toda a vida sofrendo e escondido em um armário.
É um momento de celebrar, se orgulhar, mas sempre lutando por um futuro melhor, muito além da putaria gay que eles imaginam.