O maior questionamento dos gays é quando sair do armário para o mundo. Os psicólogos são unânimes em afirmar que o momento ideal é somente após ter certeza da preferência sexual. E, ir aos poucos, contando somente a quem você deve satisfações: a princípio pai e mãe, de preferência sem outro familiar ou amigo por perto.
Na maioria das vezes, a mãe aceita com mais facilidade, pois no íntimo as mães desconfiam que os filhos são gays, por serem habitualmente mais próximas. Basta somente a confissão para a certeza. Já os pais sentem mais dificuldade em aceitar que o filho gosta de macho ou que a filha é apaixonada por uma garota, e que podem aparecer a qualquer momento, porta adentro, com um namorado. Mas, aos poucos e com muita paciência, acabam aceitando também essa condição do filho ou da filha.
Professora do Curso de Extensão em Diversidade de Orientações Sexuais e Identidades de Gênero da USP, e fundadora do GPH, Grupo de Pais de Homossexuais, Edith Modesto comentou em recente entrevista para uma revista: “Pouco mudou nesses 25 anos em que eu trabalho com o tema!”. Alerta que é uma situação delicada e extremamente complexa, e que, apesar de tudo, a sociedade ainda vê com muita intolerância e preconceito o homossexualismo. E que é muito difícil para os pais aceitarem a realidade.
Mariana, lésbica assumida, confessa que foi bem difícil aparecer em casa com a namorada. O pai inventou uma desculpa e saiu imediatamente da sala e a mãe tentou ser simpática, mas o nervosismo falou mais alto e acabou entornando tudo. Com o tempo, as coisas foram se ajeitando e hoje tudo corre bem em família.
Marcos tentou o lado masculino da coisa, inclusive casou bem cedo com Jessica. Mas, como era de esperar, não deu certo. Hoje, gay assumidaço, mora sozinho e bem longe da família, pois não aguentou as caras feias e críticas veladas de todos.
Engoliu o sapo muitos anos se fingindo de chefe de família, vestindo-se de bom moço, comportando-se como um macho normal, mas não deu certo. A esposa se mostrava muito insatisfeita e ele também. Certo dia, em uma discussão bem acalorada, ele soltou a franga literalmente: “Sou gay, você ainda não percebeu? Não gosto de mulher!”. A reação da esposa foi surpreendente, às gargalhadas, ela disse: “Claro que percebi, só queria ver até onde essa palhaçada ia chegar!”.
Hoje, Marcos, cabeleireiro de sucesso, tem par fixo, ele e o namorado viajam juntos, saem muito nos fins de semana, enfim, está realizado! Ele e a ex-mulher são mais do que amigos, tornaram-se irmãos! Fato real gente!
Terapeutas comportamentais afirmam que, em geral, quando as pessoas chegam à puberdade o interesse pelo sexo oposto ou não, mostra-se mais definido. É, segundo eles, o momento de começar a sair do armário. Aconselham, ainda, aos pais atentos e preocupados com os filhos, e que desejam, antes de qualquer outra coisa, que sejam felizes e realizados, a repensar os padrões de sexualidade, deixando predominar o bom senso e a aceitação.
Pais que não dão abertura aos filhos para conversarem sobre essas questões de sexualidade, preconceituosos e intolerantes, deixam os filhos desconfortáveis e tensos, e correm o risco de perderem o ente querido, às vezes para sempre!
Na hora de sair do armário, o apoio da família é fundamental! Escolha o momento certo e abra o jogo, pois você merece ser feliz! (Foto: Internet)
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